O Fascismo bate à porta
A democracia no Brasil está em perigo, para o nosso espanto, discutimos a possível volta de uma ditadura e temas que remetem o período hediondo que foi a ditadura militar de 1964. De um lado um candidato que foge do debate e se esconde atrás de um reflexo social que entende que o Brasil precisa de alguém com pulso forte, de outro lado o candidato que representa a velha política que muito conciliou e tropeçou durante muitos anos no poder.
O fascismo, conceito advindo da ditadura de Mussolini na Itália está assombrando o mundo todo, para o nosso desespero possui muitos apoiadores. Conceito carregado de xenofobia, ódio contra gênero, raça e orientação sexual.
As pessoas passam a ter medo de se posicionarem, depois dos mais de 50 ataques no país nos quais nos mostram o quanto o conceito de país festivo e acolhedor está amplamente errado quando se trata do Brasil.
Um exemplo latente e brutal do período tenebroso em que vivemos foi o assassinato do mestre Moa do Katendê, o mestre de capoeira, compositor e dançarino baiano Romualdo Rosário da Costa, conhecido como Moa do Katendê, de 63 anos que levou 12 facadas por trás após se posicionar contra o candidato da extrema direita que destila ódio e atrai seguidores que passam a ter passe livre dentro de uma sociedade que aceita tais discursos.
Neste momento deveríamos enfatizar que não se trata mais de defender candidato A ou B, passa-se a ser uma questão de vida ou morte defender as liberdades individuais e os movimentos sociais que foram frutos de muita luta e sangue derramado. Tendo em vista o perigo que é a eleição de um candidato que representa o fascismo e uma possível ditadura.
Até quando vamos fechar os olhos e deixar que o retrocesso invada nosso país assim como foi com o incêndio que destruiu o Museu Nacional da zona Norte do Rio de Janeiro. O momento político não é dos bons, mas se cabe uma ponta de esperança devemos deposita-la.
Marielle não morreu em vão, muitos menos o Mestre Moa, é hora de se recompor e por mais que seja um processo doloroso, devemos encarar o fascismo e derrota-lo, pois a sua derrota não depende apenas das urnas, pelo contrário, ela se dá com muita luta nas ruas.
Se posicionar contra todos esses ataques é se posicionar mais uma vez ao lado verdadeiro da história, ao lado que lutou pelo o justo e que se desprende das correntes sujas de sangue do fascismo.
A ditadura de 64 tem muito a nos ensinar e precisamos ter em mente que devemos resistir, e enquanto existirmos devemos denunciar todo e qualquer tipo de preconceito e discurso de ódio.
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