Basta de Feminicídio!
Na tarde de segunda feira do dia 9 de abril de 2018, um novo caso de feminicídio, (que ocorre em média 8 por dia no Brasil, segundo o Ministério Público) ganha destaque no país. Uma jovem de 17 anos, estudante do curso de Zootecnia na UNESP Ilha Solteira, foi assassinada durante seu trajeto da república onde morava para o campus da universidade. Maria Julia, sofreu pelo menos 15 facadas de seu executor. O autor do crime fugiu tranquilamente em um automóvel, e a vítima veio a falecer no local. Ainda tratado sob o véu de suspeito, o provável autor é seu ex namorado, com quem havia mantido um relacionamento de 3 anos, e tinham terminado há poucos meses.
Como ficou evidenciado na pesquisa do Ministério Público, o número de casos de feminicídio no Brasil é absurdamente elevado, tendo alguns recentes que ganharam notoriedade internacional, como foi o assassinado covarde da socióloga, feminista, militante dos direitos humanos e política brasileira, Marielle Franco, que foi morta junto a seu motorista Anderson, em um atentado contra sua vida no dia 14 de março de 2018. O PET Ciências Sociais, mediante isso necessita se posicionar como grupo, repudiando veementemente qualquer atitude de cunho machista, preconceituoso e que seja aliciadora desses comportamentos feminicídas.
Decidimos nos manifestar sobre esse assunto pois a ocorrência do caso de Maria Julia, vai de encontro com a nossa pesquisa (Des)Caminhos para Casa, que pretende mapear e analisar as violências sofridas pelos estudantes do campus UNESP Araraquara, englobando também o IQ e a Odonto, durante o trajeto da universidade até sua residência. Posteriormente levar para órgãos públicos essas questões sobre a segurança dos estudantes, principalmente das mulheres, que tendem a ser a mais atacadas. A pesquisa tem previsão pra ser finalizada e apresentada a comunidade nesse primeiro semestre de 2018.
Terminamos essa publicação expressando o nosso apoio e nossas mais sinceras condolências à família de Maria Julia e de todas as outras famílias que vieram a passar por essa situação inadmissível e incabível nos dias atuais.