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Foto do escritorOsires Vinicius

Semana de Pós-Graduação de 2018

Durante os dias 25 a 29 de setembro foi realizada à XVI Semana de Pós-graduação em Ciências Sociais, cujas atividades desta, estiveram sob o tema da democracia e consistiram em minicursos, conferências, grupos de trabalho e mesas redondas sobre desdobramentos que iam das discussões e estudos mais conhecidos da ciência política quanto ao tema em questão, até para a relação deste com objetos de estudo e eixos teóricos estudados extensiva, e mais intensivamente, pela antropologia, sociologia, geografia e outras áreas das humanidades.

 

A semana contou com a presença de muitos dos professores da Faculdade de Ciências e Letras – campus Araraquara – recebendo também professores de outras universidades públicas e privadas e de docentes estrangeiros, que trouxeram outros pontos de vista para a contribuição dos diversos debates que ocorreram durante os eventos.

O PET Ciências Sociais gravou duas curtas entrevistas com o Prof. Dr. José Carlos Mota (Universidade de Aveiro – Portugal) e com o Prof. Dr. Jaime Antonio Preciado Coronado (Universidade de Guadalajara – México). Ambas foram realizadas no dia 28 de setembro de 2017, quinta-feira, na FCLAr.

As transcrições das entrevistas do Prof. Dr. Jaime Antonio Preciado Coronado, e do Prof. Dr. José Carlos Mota encontrar-se-ão, respectivamente, abaixo:


Dr. Jaime Antonio Preciado Coronado

Entrevistador – Bem, professor Jaime, boa tarde

Jaime – Boa tarde

Entrevistador – Meu nome é Osires e eu sou do PET de Ciências Sociais. É um grande agradecimento, é uma honra “pra” gente, a sua presença aqui no Brasil, muito obrigado por ter vindo, e por contribuir com esse grande debate por essa geração de conhecimento e pela sua participação na atividade dessa semana da Pós do ano de 2017. A primeira pergunta, seria, quais as contribuições, que “eventos como esse”, e mais especificamente “esse” evento, têm para a democracia?

Jaime – Bueno, en primer lugar, también mí agradecimiento por la invitación haber estado aquí en esto evento tan variado, que mucho me ofrece para pensar fundamentalmente por una parte en la teoría, en la teoría política, en las ciencias sociales, en la teoría de la democracia. Creo que hay muchos estímulos para que hayamos podido poner nos al día con reflexiones que fueron sobre aspectos teóricos y metodológicos, y también sobre aspectos de mucha actualidad, por ejemplo, para entender lo que está sucediendo en Brasil, en Argentina, en los países del Sur, para mí fue muy importante. Creo que también es una muy buena oportunidad para dialogar con los estudiantes e entender cuales son sus temas de investigación, como les están preocupando temas que a mí también mi preocupan.

Entrevistador – Professor, a segunda pergunta é: Considerando a sua fala, “né”, e o tema que o senhor apresentou, a partir dele, quais são os desafios que o senhor enxerga “pra” efetivar a democracia?

Jaime – Bueno, traté de sistematizarlos como en cuatro grandes áreas. Me parece que la democracia, el primer desafío que tiene, es conquistar, en el mejor sentido de la palabra, conquistar la esfera deliberativa de lo público. Es decir, la democracia no debiera ser un asunto unicamente de partidos o de los ricos o de las elites, si lo que tiene que ser un tema discutido por todas e todos, e en el cual tenemos mucho que decir e mucho que racionar.

La segunda área que yo veo importante es la que tiene que ver con que es lo que representa la democracia, e cuales son sus límites en relación con el capitalismo e yo colocaria alli, el tema, de hasta donde, una forma como la de liberalismo político es efectivamente la mejor salida para la democracia, y yo creo que, el liberalismo político ofrece ciertas conclusiones importantes sobre la representación, los procedimientos institucionales, para construir la democracia, pero que falta mucho del conocimiento sobre la cuestión de popular y de los pueblos para construir una democracia a la medida de lo que somos en América Latina como sociedades interculturales, fragmentadas, divididas, con alto grado de exclusión, lo cual me lleva a pensar una tercera inquietud sobre la democracia que es el problema de la “colonialidad” del poder, es decir, la democracia no se puede resolver unicamente como un problema ideal de distribución del poder igualito entre todas e todos. Es una distribución que tiene que pasar por un reconocimiento del derecho a la diferencia y eso nos tiene que hacer pensar en que las formas de racismo y de discriminación han contado mucho para que no haya democracia en nuestras sociedades y que eso lo tenemos que cambiar radicalmente

Y el cuarto y último aspecto, es que la democracia tiene una escala “geopolítica” en la cual se actúan, y esta vale en el local, alli en lo cotidiano, en lo relacionado con lugar onde vivimos, relacionado con quien en lo relacionamos diariamente, hay una cuestión de la democracia, y pero eso, también llega a los temas mas globales, y esos temas globales tienen la característica de la transversalidad, es decir, se trata de cuestiones que siempre he estado en la discusión sobre la democracia como es el desarrollo, pero que ahora lo tenemos que pensar como desarrollo sustentable “¿si?”, como desarrollo para la paz, y como un desarrollo que tiende a generar la equidad, no solamente social, si no también de genero, si no también, de distintos grupos de edad con sus diferencias, y por supuesto, una equidad en la que pudiera resumir-se iguales pelo diferentes “¿si?”, que tengamos oportunidad y resultados iguales, pero que tengamos derecho a preservar lo que nos hace únicas o únicos en el casos de las cuestiones de genero, o internacionales y locales al mismo tiempo en lo que hace la escala “geoplitica”.

Entrevistador – Bem, professor, obrigado pelas suas respostas. E espero que o senhor possa voltar ao Brasil mais vezes, realizar mais debates, e, bem, vou me despedir aqui do vídeo então.

Prof. Dr. José Carlos Mota

Entrevistador – Bom dia, professor, nos somos do PET Ciências Sociais e gostaríamos de fazer duas perguntar “pro” senhor acerca da semana da Pós “né?” desse ano, 2017, e a primeira pergunta seria: Qual a contribuição que semanas e eventos como esse, especialmente com o tema da democracia podem trazer contribuições para a democracia?

José – Bem, este é um momento muito delicado que estamos a viver em que os regimes democráticos estão a sofrer vários tipos de pressões, de transformações, e por isso é o dever da academia, das universidades, trazerem conhecimento para ajudar a gerir e a ultrapassar essas dificuldades. Este evento em Araraquara foi particularmente feliz porque se acionou o tema da democracia e sobretudo procurou trazer contributos de investigadores brasileiros e também investigadores internacionais, no caso de Portugal. E esta análise comparada é muito útil para percebermos e para aprendermos com o conhecimento da realidade que esta investigação gera, mas também com a procura de pistas de caminhos futuros para termos cidades e termos sociedades mais justas e mais democráticas, e por tanto, esta de parabéns, a universidade pelo trabalho, estão de parabéns os organizadores, e sobretudo, os estudantes, foram eles os principais responsáveis por este evento.

Entrevistador – Bem, muito obrigado Professor, “e” gostaria de fazer mais uma última pergunta. Quais são os desafios para a democracia, considerando os temas ministrados pelo senhor nessa semana?

José – O tema que me trouxe cá, tem a ver com o direito a cidade, sobretudo com a importância de promover processos participativos que fazem com que os cidadãos tenham uma palavra a dizer sobre as cidades onde vivem, e sobretudo, sobre o que gostariam que a cidade lhes oferecesse, e por isso a mesa onde participei, centrada sobre tema do direito a cidade, procura de alguma forma refletir sobre os dilemas, os conflitos que a cidade que temos hoje em dia tem e sobretudo como podemos exercer os direitos, os direitos de cidadania, os direitos à cidade, mas também os nossos deveres relativamente a cidade, nossas responsabilidades enquanto a seu futuro.

O que a investigação tem feito mostra é que não existem ao contrário do que é-se, um censo certo, um conjunto de ideias que são reproduzidas. Os cidadãos interessam-se pela causa comum no seu sentido coletivo, estão e tem vontade de participar. O que acontece muitas vezes é que eles não tem as arenas e as oportunidades para fazer, e cabe a sociedade, cabe as instituições públicas, eventualmente cabe a universidade criar condições para que essa participação possa ser feita e que essa participação seja feita de uma forma aprofundada, criando conhecimento sobre a realidade, mas sobretudo, gerando formas de coprodução, formas de colaboração na construção da sociedade, e julgo que saíram daqui pistas muito interessantes, não só da mesa redonda, mas como em vários dos painéis que deixou-nos ou que podem nos deixar esperançosos quanto evento ao futuro

Entrevistador – Bem, professor, em nome do PET de Ciências Sociais, gostaríamos de agradecê-lo, e agradecê-lo por ter vindo a essa semana e contemplar todos os eventos e ministrar também. Muito obrigado, professor.

José – O prazer foi todo meu, muito obrigado.


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